sexta-feira, 29 de julho de 2011

Um desabafo...



É, para mim, muuuiito difícil ouvir a Bohemian Rapsody enquanto estou numa esplanada de um café sem pensarem que eu sou maluquinha. É, para mim, impossível não desatar a cantar e dançar esta música. Então na parte final...Ai que é tão difícil...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Feel Happy Today

Parece que, finalmente, tudo o que eu pedia há tanto tempo, está a concretizar-se... E para ajudar, está este tempo maravilhoso!!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Inspiração precisa-se!


Este é um dos grandes males da minha profissão...Quando se fica muito tempo sem a exercer e, vai daí, a inspiração falta-nos. Ficamos enferrujados e até sair a primeira frase de jeito é um 31. Preciso de inspiração para começar a escrever o meu texto e, como sempre, parece-me que só vai sair algo daqui quando o tempo começar a apertar e eu não tiver outra hipótese. Às vezes, preferia não gostar tanto da adrenalina de fazer tudo em cima do joelho. Sei que é assim que escrevo melhor mas, arre, se tenho tempo agora, porque é que a inspiração não vem agora??

Ontem, a pedido, o bolo de aniversário foi assim...

Ai minha irmã que fazes maravilhas!!!

Querem um destes? Vão a Um doce de casa e façam a vossa encomenda!:) Não se vão arrepender de certezinha!!:)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Sobre a Amy

Gostava dela, ou melhor, gostava das músicas dela. Mas, em vez de fazer qualquer comentário sobre a sua morte, deixo-vos as palavras de Miguel Esteves Cardoso. Acho que dizem tudo.

"Para todos nós que não conhecíamos Amy Winehouse pessoalmente (incluindo os muitos que pensavam que conheciam ou agiam e opinavam como se a conhecessem), a primeira pergunta que devemos fazer, antes ou depois de fazermos considerações condescendentes e sentimentalistas, é: comparando o prazer que cada um de nós deu a Amy Winehouse (a pequena percentagem que comprou a música dela) com o prazer que Amy Winehouse nos deu a todos, quem é que ficou a ganhar? Fomos nós. A música dela ("voz" é pouco) enriqueceu as nossas vidas para sempre ou, na mais mesquinha das gratidões, durante um bom bocadinho das nossas vidas. Resumindo: ela deu-nos muito mais do que recebeu de nós.

Back to Black é (muito mais do que "continua a ser", como quem fala do que vai morrer) um monumento elegante de interpretação pop. Ali estava uma rapariga inglesa e pequenina, de uma família judia, e freudianamente indisfarçada, que sabia cantar como se fosse gente grande.

Amy Winehouse morreu muito nova. Mas deixou-nos - deu-nos - muito mais do que a grande maioria de cantores e cantoras nos deixaram. Foi - era - uma alma que nos escapou e nos escapa. A verdade é que nos deixou muito mais do que nos roubou. Que foi nada.

Mas faz pena. Pobre coitada: não. Pobre gloriosa: sim. O nosso lamento - de não termos recebido mais - é um egoísmo guloso, que nos fica mal. Amy Winehouse valeu a vida e ficou a perder com a vida que nos deu. Obrigados, Amy Winehouse: deste tudo e não custaste nada."

Crónica de Miguel Esteves Cardoso no Público de ontem

O meu primeiro presente...Gosto! :)

Sobre fazer anos

Esta é a razão porque gosto de fazer anos. Não é por receber prendas, ou dinheiro ou algo do género, apesar de também ser bom, claro. Mas o pretexto de ter um (ou no meu caso 2) jantar com a família, mais jantar com os amigos, assim como a desculpa de receber mimos, principalmente em forma de palavras, das pessoas que mais gostamos, isso sim, torna um dia de aniversário muito mais especial.

Então agora com as redes sociais em que as pessoas que menos esperávamos se dão ao trabalho de nos dar os Parabéns, é muito bom. Resta-me agradecer-lhes e acabar o dia com o coração quentinho e cheio de alegria. Espera-me o tal jantar familiar, indispensável, para receber mais mimos ainda, e o jantar com os amigos, com quem tanto gosto de estar e que me fazem sentir tão bem. É bom fazer anos, só por isso.:)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Foi só um desabafo


Por outro lado, o post anterior foi só um desabafo. Logicamente que estava farta, fartinha de estar em casa sem fazer nada de jeito e que o que eu quero é a adrenalina deste trabalho, o correr de um lado para o outro, o ter prazos para cumprir, o ter que aturar o patrão quando às vezes nos apetece fazê-lo desaparecer. Acredito que melhores dias virão e que não me posso queixar demais porque há muita gente bem pior que eu. Portanto, mãos ao trabalho e toca a mexer que p'ra frente é que é o caminho! :)

Lá vou eu outra vez...


Confirma-se, aquele friozinho na barriga de ontem tinha a sua razão de existir... Comigo acontece sempre o mesmo. Ora estou uns meses sem emprego, sem nada de jeito a acontecer na minha vida, ora de um momento para o outro, numa questão de dias, acontece tudo e mais alguma coisa e nem sei para que lado me virar. Ontem e hoje foram esses dias.

Pela terceira vez vou voltar para a empresa onde estive a trabalhar. Às vezes sinto-me para aquela empresa como um fantoche. Há trabalho, vens para cá. Deixa de haver, vais embora. E assim sucessivamente. Dizem que à terceira é de vez. Mas nem sei se estou contente por voltar ou não. Por um lado estou, claro. Estar ocupada a trabalhar, fazer o que gosto, e ver o meu trabalho reconhecido e melhorar cada vez mais como jornalista. Por outro lado, estou um pouco cansada deste vai e vem que não pára para aquela empresa. E o pior é voltar lá a saber que é por uns meses e mais do mesmo.

Enfim, começo no próximo fim de semana. Precisamente aquele em que iria reunir família num dia e amigos noutro, para festejar o meu aniversário. Vai ter que ser adiado. Fazer o quê? Fico triste, claro, mas não é coisa que não se possa adiar por motivos profissionais.

Entretanto, "rezo" para que outras coisas que surgiram entretanto corram bem e que me dêem a estabilidade que neste momento não tenho.

Rezem, façam o favor de rezar, sim? :)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Ainda a propósito do Dia do Amigo (ontem)


«Amizade significa compreender, não concordar.
Significa perdoar, não esquecer.
Significa que as recordações permanecem, mesmo que o contacto se tenha perdido.»


"Roubada" daqui.

Estou com uma sensação estranha desde que acordei... A acontecer alguma coisa para estes lados, que seja algo de bom. De coisas más já eu estou farta... Algo de bom, sim? De muuito bom...

Thursday's mood...






quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dia do Amigo


Hoje é o Dia da Amizade e não poderia deixar passar esta data em branco. Felizmente posso dizer que tenho muitos amigos. Graças às turras que já levei de pessoas que considerava minhas amigas, hoje em dia sei distinguir quem é, e quem não é meu amigo. E se é verdade que conto mais confidências a uns que a outros - daí distinguirem-se os melhores amigos dos amigos - sei que posso contar com eles para o que der e vier. E o contrário também se aplica.

Sou privilegiada por ter amigos incondicionais, mas posso dizer que faço por isso. Os amigos devem ser acarinhados, devem ser mimados e devemos dizer constantemente o quanto gostamos deles. Por experiência própria, falo de um que já não está entre nós, quando me apercebi que não o iria ter por perto muito mais tempo, comecei cada vez mais a sentir a sua falta e sentia uma necessidade absurda de lhe demonstrar constantemente o quanto gostava dele querendo aproveitar cada minuto que ainda houvesse. A verdade é que ele desapareceu e o vazio cá continua e dificilmente irá ser preenchido. Foram muitos momentos, muitas cumplicidades, muita amizade onde as confidências e a ternura que nos unia fazia com que soubéssemos que podíamos contar um com o outro incondicionalmente. A amizade é isso. Essa amizade que me falhou tão cedo e que tento colmatar.

E dalo desta amizade em concreto para dar a entender que devemos mesmo cultivar as nossas amizades e acarinhar quem queremos bem. Os amigos são, a par da família, o bem mais precioso que podemos ter, portanto, devemos dar-lhes valor e agradecer por existirem na nossa vida. Hoje, o dia é deles, dos amigos que estão perto ou longe, dos amigos que são mesmo nossos amigos, e não de brincadeira, e que não nos irão faltar nunca.

E quando menos se espera, as surpresas vão surgindo, pela calada, sorrateiramente, e enchem-nos a alma, mesmo que por breves momentos, e fazem-nos bem.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A arte muda de casa!

Uma vez que criei este blogue mais para falar o que me apetece, quando me apetece, e não para vender o que quer que seja, estes trabalhos que tenho andado aqui a publicitar, vão mudar de casa. Pois é, prefiro separar as coisas e fazer tudo em condições, cada macaco no seu galho. Desta forma, o blogue está ainda a ser criado, mas já existe uma página no Facebook para o efeito. Portanto, basta irem a Hands With Art e clicarem no Gosto. A partir daí, vão poder estar informados sobre tudo o que tenho feito até agora com estas mãozinhas que ainda estão a apanhar-lhe o jeito. E depois, é só fazerem as vossas encomendas para handswithart@gmail.com.

A partir de agora, volto apenas a fazer referências aqui sobre os meus devaneios, que não são poucos, e aos quais já vão estando habituados.:)

domingo, 17 de julho de 2011


Por sugestão do "cunhado", ontem fiz um porta-chaves em forma de carro. E a experiência não correu nada mal, não acham?:)

4,5 Hands
Para mais informações enviar email para handswithart@gmail.com

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Espírito do Lugar

Hoje deram-me a conhecer esta casa, ou melhor, o sítio da internet desta casa. Pelo site, parece-me um lugar diferente, bonito, que alia o tradicional ao mais moderno e tenta dar a conhecer o trabalho de artesãos locais que marquem a diferença. Não é apenas uma loja, é um espaço original e irreverente. De louvar este género de iniciativas.

Pensamento do dia #2






Hoje é o primeiro dia de um novo ciclo. Um ciclo de mudanças, um ciclo de novas sensações, novos trunfos, novas alegrias e a certeza de que tudo corre melhor quando fazemos por isso. E eu vou fazer por isso. O mote está dado. Agora, é tempo de o pôr em prática.

Pensamento do dia

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O palavrão é um analgésico

"Estamos mais mal-educados? Mais ordinarecos? Seria simplista dizer que é evidente, que basta andar na rua e é tanto o palavrão a saltitar sobre as cabeças que, minhanossasenhora, nunca se viu nada assim em tempo algum. A verdade é que, embora estejamos substancialmente mais civilizados (alguma dúvida?), o calão, mesmo o baixo calão, entrou no vocabulário corrente e às vezes temos nós que preencher de significante o vasilhame terminológico que nos é atirado para se perceber a frase do interlocutor, pois os termos servem apenas para dar colorido, ênfase e ritmo ao discurso. Ouvimos e percebemos que a miudagem (e nós próprios por vezes) nem têm a noção das javardices com que estão a polvilhar a oralidade. Ah c"&r#l@ pois é.

Porque publicamente todos somos umas virgens ofendidas e abençoadas pelo politicamente correcto. E que giro é ouvir os figurões transgredir mesmo num espaço semipúblico. Mas veja-se o primeiro caso da campanha eleitoral. O termo piloso utilizado pelo Dr. Catroga na TV. Um regionalismo, alegaram uns - sabe-se que no Norte se usa muito o calão... Um mal-criadismo, gritaram outros; ou talvez uma tradução do splitting hair, o dividir cabelo a discutir minudências - sabe-se como é atreita a anglicismos esta gente do economês. Tourette! Esgotamento! Daaaasse!

A verdade é que a própria barreira entre o público e o privado se vai esbatendo. Num território jovem da música, cinema, redes sociais, há uma tolerância e contaminação para um território mais adulto, apenas com a exclusão do que é genuinamente infantil. Ou assumidamente 'familiar'.

Mas há termos que foram banidos por serem politicamente incorrectos e as normas até são mais ou rígidas nos termos sexistas ou racistas, mas outras expressões banalizaram-se por serem genéricas ou meras interjeições catárticas, que ajudam a lidar com emoções fortes que vão desde o desagrado à alegria ou servem até para absorver a violência física.

Mesmo que se estabeleçam regras estritas, há imponderáveis. E por mais que se jure ter uma boquinha santa, basta afinfar uma biqueirada com o mindinho no canto de um móvel para fazer corar o Bocage.

Mas é ainda aqui que a asneira grossa se torna interessante: o palavrão tem um efeito de amenizar a dor... O que também pode explicar a sua existência e sobrevivência.

O baixo calão é um fenómeno linguístico praticamente universal e existe provavelmente desde que o homem dá marteladas de sílex em dedos. E surge do centro emocional do cérebro, no hemisfério esquerdo, enquanto a linguagem é produzida no hemisfério direito.

Mas a análise do praguejar só começou recentemente a ser estudada do ponto de vista neurossociopsicológico.

E dizer o termo 'F' ou outro equivalente a seguir a sentir uma dor inesperada é tão natural como o reflexo do martelo no joelho - dizem investigadores. Mas - e aqui é que está a beleza da coisa - a utilização do palavrão ajuda efectivamente a reduzir a dor. Facto científico. Desde que não se use o palavrão diariamente. É esse o 'poder' analgésico do calão: deve ser usado com moderação.

Peço pois compreensão a todos os que me viram na bomba da Galp de Oeiras a dar um tralho no chão depois de torcer um pé a saltar aos gritos e a urrar termos de carroceiro. Estava a colocar um spray de palavrões no pezinho."

Luís Pedro Nunes, in Revista Única

Para quem não gosta muito de flores...

...deixo-vos sempre outras opções.:)





Cada, 3 Hands

Olha as novidades fresquinhas!!!




Cada, 2,5 Hands



3,5 Hands

Como prometido, aqui estão as novidades. Há para todos os gostos, cores e materiais..É só escolher. :) Ora apreciem lá tanta coisa gira para o animar o Verão que anda tão tristonho...

Para mais informações enviar email para handswithart@gmail.com

O poliamor...O quê??!!


Enquanto folheava uma Notícias Magazine já de há uns mesinhos (lá está, encontrei-a no meio da papelada que arrumava ontem) encontrei uma reportagem sobre um novo modelo de relação, o poliamor, ou seja, é uma espécie de amor ao cubo. Nesse tipo de relações, um homem pode namorar duas mulheres ao mesmo tempo, e vice-versa. E não há aqui nada de ciúmes, nem de inveja nem nada. Chega para todos. A infidelidade é uma palavra que não consta no dicionário deles. E diz a Inês - uma das entrevistadas - que "o poliamor adequa-se aos meus valores de liberdade e respeito e não me obriga a seguir a manada com a qual nunca me identifiquei".

Eu cá prefiro seguir a manada com a qual a Inês nunca se identificou, mas conheço alguns que talvez gostassem de saber da existência deste novo tipo de relação.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Arrumações


Outra das coisas que se pode fazer quando não se tem trabalho...Arrumações...Odeio arrumações mas, às vezes, bem que o meu quarto precisa (sempre adorei acumular papelada que não interessa para nada, então fotocópias do tempo da universidade - que ainda tenho-, disso nem se fala). Hoje foi dia para isso. Com a ventania que está lá fora nem dá para sair de casa correndo o risco de levantar voo, portanto, toca a fazer alguma coisa de útil.

E entretanto, preparar as novidades que prometi.:)

Reservado! :)


Pois é, ainda agora comecei com os meus trabalhos manuais e já tenho a minha primeira cliente! Este gatinho está reservado.:)

Quando o emprego não nos aparece, há que experimentar outras vertentes...para já, ando a tentar saber se tenho jeito para os trabalhos manuais. E parece que não anda a correr nada mal. Uma coisa é certa, faço tudo com o gosto e a dedicação que faria se fosse para mim. E em breve, terei novidades fresquinhas.:)

Para já, apreciem estas bonitas flores e este gatinho ou reservem, se preferirem.:)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Novas experiências :)

Depois desta primeira experiência, eis que surgem mais algumas. E não é que começo a ter algum jeitinho? Super giras para colocar na carteira, ou com um top básico, é só dar largas à imaginação. Ideal para oferecer como prenda sem gastar muito dinheiro (e em tempo de crise convém mesmo não gastar muito). Quem quer comprar estas coisas giras, quem quer? Faço um óptimo preço :)



3 Hands





3,5 Hands

Para mais informações enviar email para handswithart@gmail.com

O tal churrasco...

O S. Pedro foi um porreiraço e deu-me uma óptima tarde de piscina no Sábado. O sol espreitava de vez em quando para nos aquecer (já que a água da piscina não estava propriamente quente), proporcionando-nos um agradável churrasco com um excelente grupo. Um grupo animado e divertido onde a boa disposição foi o mote. A repetir, sem dúvida.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Oh S. Pedro, logo este fim de semana que tenho um mega-churrasco, com direito a piscina e tudo, trazes-me esta chuva chata que parece que estamos no início do Outono? Vá lá, sê amiguinho e dá-me um sol radioso amanhã...

Sobre o livro que estou a ler

Muitas vezes me perguntam como consigo ler este género de livros, tão pesados. A verdade é que gosto de ler sobre todos os temas. Desde aqueles romances levezinhos, de ler na praia, até biografias, policiais, ou mesmo este género de livros.

Este "Sem ti, eu não existo", de Melissa Fay Greene, fala de uma mulher etíope que, depois de perder o marido e uma das duas filhas com tuberculose, cai na depressão e só se levanta quando começa a recolher crianças órfãs, que perderam os pais, vítimas da sida, ou abandonadas por eles pois não tinham condições para os sustentar ou estavam a morrer com a doença. Eram múltiplas as razões para que essas crianças fossem deixadas ao cuidado de Haregewoin, mas independentemente das causas, esta mulher nunca recusou uma criança e acabou fazendo da sua própria casa um orfanato. Estas crianças passaram a ser a família que ela tinha perdido e ajudaram-na a dar outro sentido à vida.

Tenho lido este livro muito devagar. É um livro um pouco pesado e portanto tenho tentado lê-lo com muita calma. É pesado, principalmente por sabermos que é real. A Etiópia, para além de ser um dos países mais pobres do mundo, é também um dos territórios onde há um maior número de vítimas da sida. E impressiona saber que, Haregewoin, uma mulher da classe média na Etiópia, abdicou do poder económico que tinha e que lá é de louvar, para ter a coragem de abrigar crianças carenciadas, algumas delas muito doentes, mas nem assim desistiu, contando com a ajuda de vizinhos e amigos para manter o orfanato.

E ainda ontem, enquanto lia algumas páginas do livro parei para pensar em como louvo o facto de ter nascido neste cantinho de Portugal. Apesar de muita coisa, somos abençoados por sermos portugueses. E fez-me pensar também que, realmente, estamos sempre a queixar-nos por coisas que não valem a pena. Fez-me pensar o quão mesquinhos conseguimos ser, mesmo inconscientemente. E é por isso mesmo que também gosto de ler este género de livros. São muito pesados mas é este o poder que eles têm. Têm o poder de nos fazer parar para reflectir e dar valor às pequenas coisas.

Enfim, ainda nem a meio do livro cheguei e já estou com estes pensamentos, imagino quando chegar ao fim.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Dia tranquilo

Ora, passamos do 8 para o 80... Os primeiros dias da semana andei uma roda-viva, com o portátil atrás de mim para tentar adiantar textos no metro. Hoje, que é o fecho da edição, já não sei o que fazer mais. Os textos estão todos enviados e só falta uma aprovação. E como ainda não estão agendadas entrevistas para a próxima edição, hoje vou fazer "niente". Lá está. O descanso mais que merecido do guerreiro. E a sensação de missão mais que cumprida! :)

Caminhada - Day 3

50 minutos sempre a andar. Nada de exercícios adicionais. E que bem que soube. É remédio santo para um sono tranquilo.:)

"A Europa deixou-se pendurar na Loja dos Trezentos...dos americanos."

Muito bom este editorial de Pedro Santos Guerreiro do Jornal de Negócios. Vale mesmo a pena ler para termos noção das consequências que Portugal pode sofrer depois da Moodys nos colocar numa posição de "lixo", sem sequer ter em conta as alterações que o Governo de Passos Coelho tem vindo a apresentar. Mesmo sendo meramente especulativa, esta avaliação já está a causar grandes estragos. É necessário fazer algo contra isto, e a Europa parece não estar para aí virada. Como diz Pedro Santos Guerreiro, "a Europa deixou-se pendurar na Loja dos Trezentos... dos americanos". E isso não pode acontecer.

"Choque. Escândalo. Lixo. Resignação? Não. Mas sim, lixo, somos lixo. Os mercados são um pagode, e nós as escamas dos seus despojos.
Isto não é uma reacção emotiva. Nem um dichote à humilhação. São os factos. Os argumentos. A Moody's não tem razão. A Moody's não tem o direito. A Moody's está-se nas tintas. A Moody's pôs-nos a render. E a Europa rendeu-se.

As causas da descida do "rating" de Portugal não fazem sentido. Factualmente. Houve um erro de cálculo gigantesco de Sócrates e Passos Coelho quando atiraram o Governo ao chão sem cuidar de uma solução à irlandesa. Aqui escrevi nesse dia que esta era "a crise política mais estúpida de sempre". Foi. Levámos uma caterva de cortes de "rating" que nos puseram à beira do lixo. Mas depois tudo mudou. Mudou o Governo, veio uma maioria estável, um empréstimo de 78 mil milhões, um plano da troika, um Governo comprometido, um primeiro-ministro obcecado em cumprir. Custe o que custar. Doa o que doer. Nem uma semana nos deram: somos lixo.

As causas do corte do "rating" não fazem sentido: a dificuldade de reduzir o défice, a necessidade de mais dinheiro e a dificuldade de regressar aos mercados em 2013 estão a ser atacadas pelo Governo. Pelo País. Este corte de "rating" não diagnostica, precipita essas condenações. Portugal até está fora dos mercados, merecia tempo para descolar da Grécia. Seis meses, um ano.

Só que não é uma questão de tempo, é uma questão de lucro, é uma guerra de poder. Esta decisão tem consequências graves e imediatas. Não apenas porque o Estado fica mais longe de regressar aos mercados. Mas porque muitos investidores venderão muitos activos portugueses. Porque é preciso reforçar colaterais das nossas dívidas. Porque hoje todos os nossos activos se desvalorizam. As nossas empresas, bancos, tudo hoje vale menos que ontem. Numa altura de privatizações. De testes de "stress". Já dei para o peditório da ingenuidade: não há coincidências. Hoje milhares de investidores que andaram a "shortar" acções e dívidas portuguesas estão ricos. Comprar as EDP
e REN será mais barato. Não estamos em saldos, estamos a ser saldados. Salteados.

Portugal foi um indómito louco, atirou-se para um precipício, agarrou-se à corda que lhe atiraram. Está a trepar com todas as forças, lúcido e humilde como só alguém que se arruína fica lúcido e humilde. Veio a Moody's, cuspiu para o chão e disse: subir a corda é difícil - e portanto cortou a corda.

Tudo isto não é por causa de Portugal, é por causa da guerra entre os EUA e a Europa, é por causa dos lucros dos accionistas privados e nunca escrutinados das "rating". Há duas semanas, um monumental artigo da jornalista Cristina Ferreira no "Público" descreveu a corrosão. Outra jornalista, Myret Zaki, escreveu o notável livro "La fin du Dollar" que documenta o "sistema" de que se alimentam estas agências e da guerra dólar
/euro que subjaz.

Ontem, Angela Merkel
criticou o poderio das agências e prometeu-lhes guerra. Não foi preciso 24 horas para a resposta: o aviso da Standard & Poors de que a renovação das dívidas à Grécia será considerado "default" selectivo; a descida de "rating" da Moody's para Portugal.

Estamos a assistir a um embuste vitorioso e a União Europeia
não é uma potência, é uma impotência. Quatro anos depois da crise que estas agências validaram, a Europa foi incapaz de produzir uma recomendação, uma ameaça, uma validação aos conflitos de interesse, uma agência de "rating" europeia. Que fez a China? Criou uma agência. Que diz essa agência? Que a dívida portuguesa é BBB+ (semelhante ao da canadiana DBRS: BBB High). Que a dívida americana já não é AAA. Os chineses têm poder e coragem, a Europa deixou-se pendurar na Loja dos Trezentos... dos americanos.

Anda a "troika" preocupada com a falta de concorrência em Portugal... E a concorrência ente as agências de "rating"? Há dois dias, Stuart Holland, que assinou o texto apoiado por Mário Soares
e Jorge Sampaio por um "New Deal" europeu, disse a este jornal: é preciso ter os governos a governar em vez das agências de 'rating' a mandar.

Não queremos pena, queremos justiça. A Europa fica-se, não nos fiquemos nós. O Banco Central Europeu tem de se rebelar contra esta ditadura. Em Outubro, o relatório do Financial Stability Board, que era liderado por Mário Draghi, aconselhava os bancos e os bancos centrais a construírem modelos próprios para avaliarem a eligilibidade dos instrumentos financeiros por estes aceites e pôr termo ao automatismos das avaliações das agências de rating. Draghi vai ser o próximo presidente do BCE
. Não precisa de acabar com as agências de "rating", precisa de levantar-se destas gatas.

Este corte de "rating" é grave. É uma decisão gratuita que nos sai muito cara. Portugal é o lixo da Europa. As agências de "rating" são os cangalheiros, ricos e eufóricos, de um sistema Linkridiculamente inexpugnável. As agências garantem que nada têm contra Portugal. Como dizia alguém, "isto não é pessoal, apenas negócios". Esse alguém era um padrinho da máfia."


Pedro Santos Guerreiro, in Jornal de Negócios

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Caminhada - Day 2

A preguiça tentou apoderar-se de mim mas não conseguiu. 45 minutos de caminhada em passo acelerado. Mas com uma novidade. Vários exercícios com os braços (poucos para começar) a levantar uma garrafa de água de 1litro, 1 minuto para cada exercício. Parece que não mas custa. Ufa!

Quem por nós passava também devia achar piada ao nosso desporto ao ar livre :)
E é nestas alturas que me apetece dizer muuuiiitos palavrões...LIXO?? Com que então NÓS SOMOS LIXO??? 'Rais parta' a Moodys pah!!!
Ontem retomei as minhas caminhadas à noite. Dá preguiça de sair de casa no fim de jantar mas depois sabe mesmo bem. Passo relativamente acelerado, o cheiro a maresia que tão bem faz à nossa saudinha. Até vou dormir com outra disposição.:) Hoje tenho que vencer a preguiça outra vez e "fazer-me à estrada" mais 45 minutos.

Novo Hobby. Que tal? :)



3 Hands

A primeira pregadeira que fiz. Que acham? :)

Para mais informações enviar email para handswithart@gmail.com
Há ofertas de emprego que irritam de tão ridículas que são...

terça-feira, 5 de julho de 2011

Londres - Day 2

Ora, tendo em conta que só tínhamos mais um dia de mini-férias, o que faltava mostrar à C.? Em primeiro lugar, e muito importante, faltava-nos provar o verdadeiro pequeno-almoço inglês. Fala-se tanto destes pequenos-almoços ingleses nos hotéis, onde se vê toda aquela comida logo de manhã e nos perguntamos como é que eles conseguem comer aquilo tudo mal acordam. Mas feito por uma verdadeira inglesa é completamente diferente. Duas torradas com manteiga, um ovo estrelado por cima, rodeado por tomates cherry cozinhados, uns cogumelos salteados, um pouco de salada e, claro, um pouco de feijões. Tudo em quantidade q.b. Nada de exageros. Claro está que só comemos este pequeno-almoço impróprio para quem está de dieta, ao final da manhã, depois de já termos acordado há algum tempo. Nunca consigo comer muito logo de manhã mas o meu estômago abriu uma excepção mal viu a A. começar a cozinhar. E que maravilha de pequeno-almoço!!! (faltou a fotografia para mostrar - grande falha)

Em segundo lugar, mas também importante, faltava-nos visitar os vizinhos portugueses da A. Bonita coincidência os vizinhos dela serem da mesma nacionalidade que nós. Assim a A. tinha mais um motivo para se lembrar das suas amigas portuguesas sempre que estivesse com eles. Ela acabou por criar uma relação de amizade com essa família e nós, como não poderia deixar de ser, fomos fazer uma visita aos novos amigos portugueses da nossa anfitriã. E que bela surpresa tivemos. Uma família muito simpática, acolhedora como só o verdadeiro português sabe ser e de uma simplicidade...Pois que acabámos por perder a hora a conversar e ainda tanta coisa havia para ver e não queríamos andar a correr...


A primeira paragem foi no Borough Market. Adoro estes mercados, onde temos tudo e mais alguma coisa à venda, com óptimo aspecto e com a possibilidade de ir provando um pouco de cada coisa.

Depois de aberto o apetite, almoçámos no Pizza Express antes de seguir caminho para a Tower Hill. Passámos pela London Bridge, e antes de irmos para o destino final, parámos para ver o ensaio de uma peça de teatro que se estava a realizar lá perto. O tempo convidava a essas paragens e como todas queríamos um dia sem pressas, sem stresses e apenas com muito boa disposição, deixámo-nos ficar a ver a peça. Seguindo caminho para a imponente Tower Hill e tiradas as fotografias da praxe, continuámos a viagem.

Como os jardins de Londres são irresistíveis, lá tivemos que parar em mais um para relaxar e descansar antes do jantar. Mas com uma companhia especial.


A garrafa de Vinho do Porto Rosé que levámos de presente para a A. foi a nossa companhia para uma conversa sentadas no jardim. A verdadeira conversa onde rimos, chorámos (literalmente, mas de tanto rir), e descansámos. Tudo o que eu pedia antes de ir para Londres. Aquelas conversas descontraídas, aquelas gargalhadas contagiantes, aquelas cumplicidades que não tínhamos com mais ninguém. E dei por mim a olhar para essas amigas e agradecer o facto de elas existirem na minha vida. Porque poucas coisas são tão certas quanto elas continuarem na minha vida e poucos momentos me fazem sentir tão bem como eu me sentia naquele.


Nostalgias à parte, o dia estava a acabar e as nossas caras já davam mostras disso. Fomos jantar a um restaurante persa, muito giro, com uma decoração típica e uma comida óptima, o verdadeiro manjar dos deuses. O problema foi mesmo conseguir comer tudo o que tínhamos no prato (olhar para aqueles pratos fez-me pensar automaticamente "prepara-te porque depois deste fim de semana vais ter que ficar de dieta o resto do ano"). A comida como se vê na imagem em baixo, tinha uma aspecto muito bom, mas era ainda melhor. Mas o que gostei mais foi mesmo o pão (na foto em cima) confeccionado de uma forma muito tradicional, é a primeira coisa que se vê quando se entra no restaurante - um senhor a fazer o pão na hora - tornando-se num óptimo cartão de visita.

E foi assim que o nosso dia e a nossa viagem terminou. Sem forças para mais, regressámos a casa logo depois do jantar. Já cansadas só de imaginar as malas que ainda tínhamos que acabar de fazer e as poucas horas que tínhamos para dormir. Cama à 1h da manhã, despertador para as 3h30. O táxi estava à porta de casa às 4h e o nosso voo era às 6h30. Só de me lembrar já fico cansada outra vez. Claro está que o domingo foi reservado inteiramente para dormir. Mas apesar do cansaço, tudo valeu a pena. Foi gratificante, fortalecedor e deu para recuperar energias. Sem dúvida, uma viagem a repetir, com a melhor companhia que poderia ter.