quarta-feira, 17 de abril de 2013

Editorial


Continuando a mostrar-vos um pouco mais do meu trabalho, deixo-vos também aqui o editorial que escrevi para a revista onde trabalho, em Abril de 2012. Curiosamente, foi há um ano, mas continua perfeitamente actual...


"Compre o que é nosso

Temos ouvido falar em exportação e internacionalização para fugir à crise. Em empresas que resolveram apostar no estrangeiro porque Portugal não chega para evoluir. Mas essa evolução deve começar de dentro. Temos que ser nós a valorizar-nos primeiro para lá fora acreditarem no nosso potencial.

Mas talvez ainda não tenhamos pensado nas coisas como elas são. Dizemos, é verdade, mas não as colocamos em prática. Então, que dizer do nosso clima? Que dizer do nosso turismo, do nosso Douro, das nossas praias, da nossa agricultura, do nosso povo, não esqueçamos do nosso povo simpático e hospitaleiro! Aquele que, dizem os entendidos, tem uma facilidade impressionante em aprender e falar várias línguas e, dessa forma, receber os nossos turistas de braços abertos como só o português sabe. E que dizer da nossa gastronomia? Do nosso peixe, do nosso vinho, do nosso azeite…? Não teríamos nós, se munidos de uma gestão eficiente, mais que motivos para quase subsistirmos por nós próprios?

As ideias começam a surgir. O projecto “Compro o que é nosso” nasceu precisamente com o intuito de dar valor, divulgar e enaltecer Portugal e os produtos portugueses. Agora, resta espalhar a ideia, acreditar nela e aderir ao projecto. A Associação Empresarial de Portugal, lançou esta campanha de forma a criar “Valor Acrescentado em Portugal” com a assinatura “Compro o que é nosso”. Com este apelo à consciência cívica de consumidores, empresários e trabalhadores para comprarem os nossos produtos será possível criar mais emprego, mais riqueza e mais desenvolvimento económico, o que, consecutivamente, trará mais competitividade, mais qualidade e maior confiança no que é português.

O “Movimento 560”, criado com o mesmo intuito, incentiva todos os portugueses a prestarem mais atenção ao código de barras na altura da compra. A grande maioria dos produtos feitos em Portugal ou de marcas portuguesas iniciam o código de barras com o número 560, seja qual for o tipo de produto, o que torna mais fácil a sua identificação.

Que precisamos de saber mais para consumirmos os nossos produtos? Haverá melhor forma de estimular a economia portuguesa e combater a globalização? Sejamos portugueses, tenhamos amor à nossa Pátria como sempre tivemos e, com certeza, a balança comercial irá melhorar. Aníbal Cavaco Silva disse recentemente aos portugueses: “Nesta hora, que é tão decisiva para o nosso país, não deixem de olhar à origem dos produtos que compram e, sempre que possível, comprem os produtos portugueses”.
Editorial de Abril de 2012, publicado na Revista Portugal Inovador

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