quinta-feira, 30 de maio de 2013

A surpresa...

A ideia foi da namorada. Ela comprou-lhe uma vespa, daquelas antigas, e nós, os amigos, pagámos a afinação da dita. Há muito que ele falava que gostava de ter uma. Combinámos todos uma hora à porta de casa dele. A namorada estava a jantar com a família e a controlar tudo. Logicamente que as coisas, mesmo estando muito bem combinadas, nunca correm tal e qual como o previsto.

Passo nº 1 - à hora combinada, quase só faltava a pessoa que tinha guardado a vespa. A namorada do aniversariante já há algum tempo que dizia que já não conseguia empatar mais a família. Recebo, então, uma mensagem a dizer: "A mota não pega". Boa...

Passo nº 2 - fui a correr auxiliar o rapaz a casa dele. Com alguém que sabia conduzir uma mota, claro está, já que eu não sabia. Não pegava mesmo. Nisto passou quase uma hora. Quando já só queríamos era oferecer a mota e em pô-la a andar pensava-se depois, chega um outro com uma carrinha para a transportar. Atrás dele vem outro carro com um amigo que conseguiu pôr a mota a andar.

Passo nº 3 - Felicidade a nossa, a mota anda!!!! Agora vamos pôr-nos a andar que está a ficar tarde. Um marmanjo a andar na vespa que estava sempre a ir abaixo. E três carros, com os 4 piscas, atrás dele, a dar apoio moral. Porque chovia...sim...torrencialmente. Mais uns metros e, depois de tanto festival dado no meio da rua, com a mota a ir abaixo umas 300 vezes e o rapaz já quase sem fôlego, desistimos e enfiámos a mota na carrinha.

Passo nº 4 - Voei para casa do aniversariante para levar à namorada (que já estava a desesperar!!!) a chave da mota num embrulho e o capacete (que ia ser oferecido pela mãe).

Passo nº 5 - Finalmente (e mais de uma hora depois), a mota estava estacionada e nós à frente dela, já à espera do aniversariante. E, depois de todo este filme só tenho uma coisa a dizer: valeu muuuuito a pena pela cara dele. Nunca o tinha visto sem palavras. Até àquele dia. Quando nos viu até esqueceu que estava intrigado com a chave e o que ela poderia abrir. Olhou para nós (éramos uns 15) e ficou emocionado. Mesmo estando todos de volta da mota ele nem olhou para ela. Tivemos que lhe perguntar se não estava curioso para saber o que abria a chave. E aí ainda mais incrédulo ficou. "Mas eu nem sei andar", e nós, pois, "ainda bem porque agora também não conseguias". Hehe

Foi bom, muito bom. Até irmos todos para casa ele ainda estava meio baralhado com a surpresa. Não cabia em si de contente. E nós também não. Não só por sabermos todos, menos ele claro, que a surpresa não fica por aqui mas também porque soube bem fazer tudo isto. Valeu pela reacção dele, pelo convívio, pela aventura, pela distracção, por tudo... Venham mais surpresas destas! :)

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