Tive um funeral hoje de manhã. Mas não era para ir. Porque desde que o Tó partiu que tenho vindo a fugir deles como o diabo da cruz. Fiquei com aversão mesmo. Talvez compreendam o porquê se lerem este texto que escrevi há uns tempos. Ainda há pouco tive o funeral da avó de uma das minhas melhores amigas e não consegui lá ficar. Dei-lhe um beijo e vim embora. Mas desta vez era difícil conseguir fugir. Era a avó de quatro (??) grandes amigos e, se fosse só ao velório, corria o risco de não os encontrar a todos para lhes dar um abraço. Vai daí, ontem comecei a 'panicar' porque iria ter que ir ao funeral. Resultado? Uma insónia daquelas. Não preguei o olho a noite inteira. Vêm à baila recordações daqueles dias horríveis e intermináveis, daquelas noites sem dormir e dos olhos inchados de tanto chorar. Do dia em que olhei para ele e soube que não o ia voltar a ver.
Mas acabei por ficar no funeral, abstraí-me um pouco, convenci-me de que hoje, a dor era deles. Hoje são eles que precisam de apoio. E eu lá estarei para o que der e vier.
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