terça-feira, 27 de novembro de 2012

Três anos

Fez ontem três anos que me deixaste. No dia 26 de Novembro de 2009 desististe de lutar, perdeste a força que tanto te caracterizava. Há três anos, olhei-te nos olhos e soube que seria a última vez. Desde então, acordo neste dia quase automaticamente triste. Sei que não gostavas que assim fosse mas é-me humanamente impossível. A dor, a imensa dor e revolta que sentia têm-se suavizado e transformado, cada vez mais, apenas em saudade. Mas mesmo essa é ainda tão forte que se torna quase incompreensível aos olhos dos outros. Só nós sabíamos não é? Só nós sabíamos como era a nossa amizade. Íamos casar aos 35 se ambos continuássemos solteiros, dizíamos na brincadeira. Um dia, por mensagem, comunicaste-me que não sabias se conseguias lá chegar. Fiquei revoltada por pensares assim. Por teres a lata de dizer isso, mas bem lá no fundo sabia perfeitamente que o mais provável era que isso fosse verdade. Como se isso fosse possível, tornámos-nos ainda mais próximos nos últimos dois meses, como se quiséssemos aproveitar os momentos que ainda tínhamos juntos. Tratei de ti, o melhor que pude, para que te sentisses o mais confortável possível. Partiste, mas continuas aqui, como uma estrelinha a guiar-me. Tenho muitas saudades tuas.

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