terça-feira, 23 de agosto de 2011

Dá que pensar não?

Estou a demorar mais tempo que o habitual a ler um livro. Mas sendo o género de livro que é, não o consigo fazer de outra forma. Sou da opinião que se deve ler livros de todo e qualquer tema. É óptimo para desenvolvermos ou melhorarmos a nossa escrita, mas também para nos tornamos mais cultos. Saber um pouco de tudo nunca fez mal a ninguém.

Mas este livro está a custar um pouco mais do que eu estava à espera. Se se lembram do que disse quando o comecei a ler - aqui -, deu logo para perceber que não ia ser fácil lê-lo. Mas já desisti dele uma vez e pu-lo novamente na prateleira. Mas desta vez não o vou fazer.

Enfim, tudo isto, para dizer que este livro tem sido uma luta constante. Não e só pela história real em si de uma mulher que faz da sua casa um orfanato para crianças com sida. Mas também pelos dados estatísticos que vão sendo dados constantemente. E passo a transcrever o dado estatístico que me chocou e me fez parar novamente de ler e escrever este post:

"Queria que um médico visse o Ababu (uma criança de 3 anos que estava quase a morrer com sida) mas não conhecia nenhum médico.
Era difícil conhecer um médico. Em 1999, o rácio médico-paciente era de um para quarenta e oito mil, o pior do mundo. Em 2003, o rácio de um médico para trinta e quatro mil pessoas era cinco vezes pior do que a média da África subsariana. (O rácio médico-paciente nos Estados Unidos é cerca de 1 para 142)."

in Sem ti eu não existo, Melissa Fay Greene


Estados Unidos - rácio médico-paciente 1 para 142
Etiópia - rácio médico-paciente 1 para 34 mil (????)

Dá que pensar não?

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