
Este "Sem ti, eu não existo", de Melissa Fay Greene, fala de uma mulher etíope que, depois de perder o marido e uma das duas filhas com tuberculose, cai na depressão e só se levanta quando começa a recolher crianças órfãs, que perderam os pais, vítimas da sida, ou abandonadas por eles pois não tinham condições para os sustentar ou estavam a morrer com a doença. Eram múltiplas as razões para que essas crianças fossem deixadas ao cuidado de Haregewoin, mas independentemente das causas, esta mulher nunca recusou uma criança e acabou fazendo da sua própria casa um orfanato. Estas crianças passaram a ser a família que ela tinha perdido e ajudaram-na a dar outro sentido à vida.
Tenho lido este livro muito devagar. É um livro um pouco pesado e portanto tenho tentado lê-lo com muita calma. É pesado, principalmente por sabermos que é real. A Etiópia, para além de ser um dos países mais pobres do mundo, é também um dos territórios onde há um maior número de vítimas da sida. E impressiona saber que, Haregewoin, uma mulher da classe média na Etiópia, abdicou do poder económico que tinha e que lá é de louvar, para ter a coragem de abrigar crianças carenciadas, algumas delas muito doentes, mas nem assim desistiu, contando com a ajuda de vizinhos e amigos para manter o orfanato.
E ainda ontem, enquanto lia algumas páginas do livro parei para pensar em como louvo o facto de ter nascido neste cantinho de Portugal. Apesar de muita coisa, somos abençoados por sermos portugueses. E fez-me pensar também que, realmente, estamos sempre a queixar-nos por coisas que não valem a pena. Fez-me pensar o quão mesquinhos conseguimos ser, mesmo inconscientemente. E é por isso mesmo que também gosto de ler este género de livros. São muito pesados mas é este o poder que eles têm. Têm o poder de nos fazer parar para reflectir e dar valor às pequenas coisas.
Enfim, ainda nem a meio do livro cheguei e já estou com estes pensamentos, imagino quando chegar ao fim.
eu tambem estou a ler o livro!
ResponderEliminarO livro tem partes muito entressantes mas tem outras um pouco maçadoras.....mas mesmo assim permitenos ver algo que existe e abrimos os nossos olhos e a nossa cabeça para uma realidade que é bem comum em paises como a etiopia.
Ainda não acabei,estou a lelo com muita calma!