segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Porque temos que sair da nossa zona de conforto quando sabemos que ela não nos está a fazer bem...

Tinha quase a certeza que, quando decidi ir tirar o curso para Lisboa, os meus patrões me iam propor assinar contrato. Quando lhes pedi o dia para ir à entrevista e um deles me disse, com cara de espanto, "então vai nos deixar???!!!", tive ainda mais dúvidas. Hoje, quando vi que um estagiário da casa assinou contrato, tive a certeza que eles estavam mesmo a pensar contratar-me porque só estava eu acima do estagiário (e, basicamente, aqui na empresa, muito poucos gostam dele).

A minha sensação não foi -"E se eu tivesse esperado uns dias?" - porque eu já sabia qual era a proposta. Aceitei-a o ano passado...por 3 meses... E sabia que não era isso que eu precisava neste momento. Uma proposta mísera de 3 meses, com um salário mísero, a trabalhar como um mouro. Para me acomodar mais uma vez e perder a oportunidade de ir para Lisboa. Porque eu sei que era agora ou nunca... Ainda por cima quando não estava satisfeita, ou melhor, quando estava desanimada, vá, com tudo o que se andava a passar nesta empresa. Eu precisava de mais, e sabia que era agora ou nunca. É! Agora ou nunca...

Porque acho que devemos sair da nossa zona de conforto quando ela não nos está a fazer bem. Se aceitasse a proposta, por mais mísera que fosse, - e não dessem valor ao meu trabalho quando me esfolei durante este tempo todo que cá estive -, estava perto de casa, da minha família e dos meus amigos a quem dou tanto valor e que tanta falta me vão fazer. Mas iria queixar-me todos os dias do pouco que ganho e do muito que trabalho, sem planos profissionais para o futuro. Agora tenho sonhos profissionais. Mesmo que sejam sonhos. Porque um dia tive um clique e decidi mudar. Porque acho que a vida é mesmo isto: temos que arriscar quando não estamos bem, temos que fugir, abandonar a nossa zona de conforto. Deixar a segurança e sonhar. Porque sonhar também faz bem. Talvez não seja a altura certa para isso porque estamos em crise e blá, blá, blá. And so what? Vamos esperar que a altura certa venha?

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