sexta-feira, 26 de abril de 2013

Para a minha irmã, de Jodi Picoult

Terminado o livro resta-me dizer que a história, como seria de esperar, mexeu comigo. Várias foram as alturas em que me interroguei se estaria preparada para ler um livro cuja história se desenvolvia em torno de uma rapariga com uma doença que era em muito semelhante à do Tó. Revi-me em vários momentos mas acima de tudo, revi-o em diversas situações.

A escrita não é, para mim, uma das melhores características do livro. Dei por mim várias vezes a voltar atrás no parágrafo, não percebendo muito bem o que Jodi Picoult queria dizer ou transmitir. No entanto, penso que a própria história compensa isso. Uma família que vive o seu dia a dia dependente do estado de saúde de um dos elementos. Pais a pensar apenas no bem-estar de uma filha. Filhos a sentirem-se excluídos, ou direi mesmo preteridos pelos pais em relação à irmã, o que apesar de não ser intencional, acontece com frequência neste género de famílias.

Ah, e confesso que não estava nada à espera daquele fim. Surpreendeu-me e fez-me pensar que a vida por vezes é mesmo inesperada, caramba! Sim, porque estas coisas também acontecem na vida real, não é só aos outros.

Vale a pena, principalmente para quem está a viver ou viveu uma história do género. Vê as coisas por outro prisma. Talvez ajude a compreender determinadas situações que tenham acontecido ou que poderão vir a acontecer. A mim fez-me perceber que, apesar de não ter virado a página, - porque acho que isso nunca vai acontecer completamente - fez-me ver que já penso no assunto de uma forma mais serena e não tão frustrada, magoada.

Mas já virei a última página e agora segue-se Mario Vargas Llosa com Travessuras da Menina Má.

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