terça-feira, 5 de março de 2013

Sabem aquelas alturas em que estão a ver um filme espectacular, que não querem perder pitada, mas estão aflitos para ir à casa de banho mas têm medo de perder uma parte importante e o intervalo nunca mais vem mas chega uma altura em que não aguentam mais e ficam furiosos por o xixi aparecer nas piores alturas porque uma cena importante acaba por acontecer mesmo? (agora quase fiquei sem fôlego a escrever sem vírgulas, mas foi para dar mais velocidade e emoção à cena) Eu fico assim quando estou a ler o livro e tenho de ir fazer alguma coisa que me obriga a parar de o ler. Nessas alturas sinto-me uma criança a quem tiraram o brinquedo... Eu sei que é um livro, e que as letras não vão fugir de lá, mas há alturas em que estamos tão concentrados na história, em que o personagem está, naquele preciso momento a descobrir uma coisa importante, em que parece que estamos a ver como num filme a cena que está a acontecer e pumba!, temos de fechar o livro e ficar a saber o que vai suceder só amanhã. Há muito que não sentia isso num livro, confesso. Também é verdade que não tenho por hábito ler policiais. Mas ainda me faltam umas 100 páginas e já estou a pensar como raio é que vou conseguir escolher o próximo livro depois de ler este?? Parece-me que vou ter que ir a correr comprar o resto da trilogia para resolver o problema...

Entretanto, apercebi-me de manhã que o senhor Stieg Larsson já não está entre nós e fiquei muito chateada. Acho que senhores que escrevem desta maneira deviam ser imortais.

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